sábado, 11 de maio de 2013
Um poema
É possível encontrar
no meio da floresta escura
um raio de Lua?
Um regato, manso fio
d´água
cantando a mágoa?
Uma fímbria desocupada
de uma gota perdida
numa folha lustrada?
Afundando na mata fria
um fio de água sorria
e uma cor branca
na sua superfície de lata,
esticava-se entre sombras
uma Lua de prata,
e uma gota brilhante
numa folha caída
deixava um rastro
de vida.
Aqui está mais um poema sem nome. É certo, no entanto, que a Lua, a gota de água, a folha e outros elementos estão em algum lugar nesta floresta escura que temos (todos nós) dentro do coração. Carlos Roberto Husek
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