domingo, 20 de janeiro de 2013

Meu espaço de escrita


Do meu livro "Cavalo da Escrita", trasncrevo o poema "Alquimia"


Éramos emoções,
     gestos e olhares,
magnetismo na epiderme,
maciez nos lábios,
     brilho eterno e luz.

Perdemo-nos.

De nós,
      do resto,
de tudo.
O espaço reduziu-se
     numa frincha
que aos poucos
fecha-se em trancas.

Somos outros.

Intérpretes
    de personagens,
memória
    e decantação

Não é o que somos ao final da vida? Intérpretes de nós mesmos, das personagens que encarnamos ao longo da existência?  Memória e decantação. Sem sabermos exatamente quem e o que somos. A vida é um grande palco e nele fazemos alguns papéis. Talvez, um dia, em uma hora, em um momento, nos veremos diante do espelho e nos reconheceremos ( a verdadeira face..!), que poderá ser bem diferente dos papéis desenvolvidos no correr dos dias. No camarim, após o espetáculo ( em que fomos ao mesmo tempo atores e platéia) a verdade se aproximará e dirá: sou eu. Carlos Roberto Husek

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