quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Meu espaço de escrita
(Ainda do meu Livro Metal Invisível - poema "Ultimo Poema")
Quando nascerá
o último poema,
o poema-despedida,
aquele que não será lido,
nem falado,
mas se abrirá
como uma ferida?
E que se enterrará
no papel acomodatício
e gerará outros poemas
como um vício?
Quando nascerá
o último poema,
o poema-gelo,
que não será escrito,
nem comentado,
não terá resposta,
nem apelo?
...................................
Tal poema
como uma sombra
vaga sempre perto
e ninguém desconfiará
nem tu, nem eu
por certo.
(Do mesmo livro, o poema "Respiração")
Uma cadeira balança
em ritmo lento,
sobre ela não há ninguém,
só um vazio
que se acomoda
entre uma sombra
e uma claridade,
pra lá, pra cá, pra lá
e a voz de tudo
cercando o evento,
a vida é isso
....................................
o momento.
Carlos Roberto Husek
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