terça-feira, 26 de março de 2013
Uma nova poesia
I
Rio,
curvas,
pedras.
Segue.
Nichos,
gravetos.
Segue.
Desamparado,
frio.
Segue.
Desiludido,
gelado.
Segue.
Sereno,
agitado.
Segue.
Inflama-se,
volve-se.
Segue.
Sombras
desfeitas.
Segue.
Do leito,
profundidade.
Segue.
Choram
gotas
nos atritos.
Segue.
Covas
perdidas,
desmaiadas
na terra,
abaixo
da superfície,
entre
pedras
e gravetos.
Segue.
Estes versos fazem parte de uma poesia (ainda sem nome), de maior folego e com temática precisa (ou quase precisa), que está sendo elaborada aos poucos (três a quatro páginas por dia). Faço a sua postagem inicial (talvez venha a postar toda a poesia, obviamente, quando pronta). Trata-se de um mero balão de ensaio, não para o leitor, mas para mim. Publicar uma poesia, postá-la, torná-la pública de alguma forma, é submeter o que foi criado ao julgamento, ainda que não expresso, dos que a possam ler. Expressas ou não, ficará no éter a crítica (boa ou má) e esta, creio, nos influencia (me influencia), porque vivemos, todos, na mesma atmosfera onde tudo acontece e nada tem o condão de ficar escondido. O mundo é um grande receptáculo, um lugar, uma área (fechada) e o que não conhecemos, não sabemos, ou não atinamos é porque não nos concentramos em explorar toda a sua geografia física e espiritual. Nossas alegrias, tristezas, preocupações e experiências se comunicam, ainda que não tenhamos consciência disso. Os pensamentos e sentimentos navegam na atmosfera e nos atingem. Você que me lê, tenha certeza, eu o(a) conheço, e podemos estabelecer uma troca de raciocínios e emoções. Carlos Roberto Husek.
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