segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Espiral 3
Atender,
e desatender,
na sinuosidade
do intento.
Sons e cores
na configuração
do desentendimento.
Especificidade
do momento,
momentâneo
deslumbramento.
Forçosamente
vejo-me isento
na exata medida
do meu livre
comprometimento.
Na labirintosa
geografia
do meu entendimento,
sou terra inculta,
erva sem nome,
caminho incerto,
curva sem rio,
pedra
sem polimento.
Por isso
estou aqui,
por isso
estou ausente,
o prumo deste
equilíbrio,
sem colunas
ou estacamento.
Deixando-me levar
pela voz
de tempos passados,
deixando-me levar
pela voz
do vento.
Carlos Roberto Husek
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Um perfeito equilíbrio do eterno porvir e do perene permanecer. Liberdade atada às responsabilidades e vicissitudes de nossa realidade, à qual temos que sobreviver. Adorei!
ResponderExcluirLivre comprometimento ... único comprometimento verdadeiro!
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