quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Latipac - A cidade e seus espelhos


Solrac

(Aqui o destaque é o próprio Solrac)


Ao andar pela cidade,
uma tristeza o invade,
uma dúvida o atormenta,
uma imagem desfocada,
  a cada esquina dobrada,
a cada avenida percorrida,
revela o irrevelado,
na imagem compadecida.
Solrac antropofóbico,
      misantropo,
      retraído,
vê fugirem pelas ruas,
seus passos de menino,
e já cansado e doído,
      esfriando,
      amortecido,

Ao final da tarde, de toda tarde, o sol se põe pintando de laranja o céu.... Só resta a lembrança das coisas marcadas por este evento, que pode ser um mantra poético, mais ou menos assim:

Fim de tarde,
   fim de tarde,
fim de tarde,
   fim de tarde.

É um tempo de morte e de vida,
entre a noite e o dia,
entre o dia e a noite,
uma suavidade,
              um açoite.

A vida é assim,
um caminhar contínuo
deixando pelo caminho,
flores, galhos, arminhos.

Fim de tarde,
   fim de tarde,
fim de tarde,
   fim de tarde

A lua chegou pálida
e o sol já não arde.

Só resta a esperança
       que a vida,
se renove compadecida,
entre as coisas renovadas
     e as perdidas.
            
Fim de tarde,
   fim de tarde,
fim de tarde,
   fim de tarde.

A lua chegou pálida
e o sol já não arde.
na sequência do caminho
.......................................
         entre
flores, galhos e arminhos.


Não sei se quem acabou de escrever estes versos foi Solrac ou o Carlos. É apenas um mantra que serve para as festas e para os velórios.  Carlos Roberto Husek

4 comentários:

  1. Versos apropriados para o final ...de ano, de ciclo, de vida. Festas e velórios, não importa a que servem os versos, afinal,o que é a vida senão um contínuo recomeço ?

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  2. Fim de tarde

    Fim de tarde.....

    Fim, fim, fim,.....

    Que pena.... Tudo tem fim....fim.....fim...

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