segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PoÉtIcA


V 
   a   V
         a
       e,    l
                e,
    embaixo
entre árvores
 en
    tre
        ár
           vo
               res
uu...mm  rr..ii..oo
en
    uu...
         tre
             mm...
ár
    rr...           
         vo
              ii...
                  res
oo...
Afundam 
     nas águas
b
   o
    o
        olhas
e o reflexo
da lua que
fluuuutua
flutuuuuuuua.
Estou só,
apegado
à imagem
  nesta
paragem,
parada no ar,
cibernética
hermética,
e envio
    tudo
pelo blog,
caia
onde c
           a
             i
              r.
Que o vale
   e o rio
estão dentro
do meu corpo
  eCH
f        aDO
 núcleo,
 célula.
que aos poucos
se avulta,
              e
           c
         s
       e
     r
   c
e sai pelos
  olhos
  como
uma lágrima
e explode
em pequenos
  c..a..c..o..s

Carlos Roberto Husek
  


    
           

 
 

3 comentários:

  1. Lindo poema!Lágrimas Ocultas

    Se me ponho a cismar em outras eras
    Em que rí e cantei, em que era querida,
    Parece-me que foi outras esferas,
    Parece-me que foi numa outra vida...

    E a minha triste boca dolorida
    Que dantes tinha o rir das primaveras,
    Esbate as linhas graves e severas
    E cai num abandono de esquecida!

    E fico, pensativa, olhando o vago...
    Toma a brandura plácida dum lago
    O meu rosto de monja de marfim...

    E as lágrimas que choro, branca e calma,
    Ninguém as vê brotar dentro da alma!
    Ninguém as vê cair dentro de mim!
    Florbela Espanca

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  2. Sensibilidade compartilhada. Obrigada!

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