quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Operário
Um operário
do pensamento.
Construo
o que ora invento.
Um personagem
feito de doçura
e olhos de mel
e um sorriso safado
de quem se perdeu.
Mas este conjunto,
não alberga
impropriedades,
quem se perde
perde-se à toa,
perde-se de verdade.
Na construção
dessa figura,
apenas figura,
a alegria da vida,
nem conquistada,
nem perdida.
Tem pétalas
no caminho
e alguns poucos
espinhos.
Um operário
dessa arquitetura,
assento em sonho
a mocidade.
Moça e idade
que de moça
e velha
tem a mistura,
nas perdidas
ruas
da cidade.
Um ar maroto
e uma brandura.
Um convite
a insensatez.
Insensato seria
quem não se perde
de vez.
Mas perder-se
é só eufemismo,
pois a pintura
se desfaz.
E na porta
do Paraíso.
termina em nuvem
este dia.
Ai, que bom seria,
não acordar jamais.
Carlos Roberto Husek
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Como disse Fernando Pessoa: não foste talhado para a realidade, mas veio a vida e te encontrou... :)
ResponderExcluirAssento em sonho a mocidade
ResponderExcluir...
Quem dera não acordar jamais....
Simplesmente perfeito!!!!!!!
Esconde-esconde.
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